terça-feira, 30 de março de 2010

Não julgue para não ser julgada: A record acusa a globo,mas não é nenhuma santinha...

Na noite de domingo 27/3,o domingo espetacular apresentou uma reportagem denunciando a apropriação indébita de terreno público por parte da rede globo. Mas,o que ela se esqueceu de dizer,é que esse é um hábito de prache das grandes corporações,e nem a emissora do bispo Macedo está livre disso. Veja alguns exemplos:











Ou seja,o desrespeito com o erário público não é só da globo,várias grandes empresas também o tratam como algo "sem dono",muitas patrocinadoras da toda poderosa record. A rede record se esquece que esse mesmo Estado "omisso e conivente com as ilegalidades da rede globo" é o mesmo Estado que outorgou a concessão de tv ao grupo religioso,também em conivência com as suas ilegalidades. Se a rede globo se apossou de terreno público,é porque o Estado não tem como
regular suas ações,pois,devido ao seu poderoso departamento jurídico,qualquer ação contestatória do Estado seria derrubada na justiça,prova disso é este tópico.


Todas as emissoras de TV no Brasil e na América Latina,principalmente as de grande porte,em TV aberta,usufruem de vantagens governamentais. O patrocínio estatal é a medida da confiança,além disso as emissoras que se comportam como empresas precisam de capital para seus negócios,e estão sempre devendo. A dívida é empurrada com a barriga e controlada até um limite seguro,e para ganhar a benesse estatal,o emudecimento é a principal arma. Por exemplo: o
grupo abril,que,dentre outras publicações,possui a veja,recebeu para si pousadas no nordeste do
governo militar em troca de fazer propaganda para o governo e não incomodá-lo com assuntos que não eram de seu interesse. A própria record usufruiu dessas benesses. Um exemplo disso é o grupo Abril,que recebeu prédios e pousadas do governo militar em troca de manter a sua postura editorial de não criticá-lo,fazer propaganda para este e denunciar seus opositores . A própria record usufruiu dessas benesses,recebendo dinheiro do BNDES para suas editoras,sempre seguindo aquela tosca linha da valorização dos intelectuais,valores econômicos,"artistas afrancesados" e aquelas futilidades típicas do público feminino (fofocas de celebridades,culinária,moda,atualidades,etc...),nunca aquelas obras relativas a situação social do país,a corrupção na política,e a atroz política externa americana,contra iraquianos,afegãos e palestinos,etc..,sendo este último algo fundamental para poder obter o lobby da publicidade internacional,algo que jamais seria possível se ela não adotasse essa postura. Resumindo: a rede globo ocupou um terreno público,mas o fez com conivência de políticos e autoridades,ficou lá um período,devido as "leis de zoneamento da cidades",leis quase sempre tortas,feitas para serem imprecisas e deixarem brechas,de forma a justificar ocupações clandestinas de ricos e rejeitar ou
"ajeitar" a de pobres. A rede globo se utilizou de brechas na lei,da omissão do Estado,ganhou o terreno por usucapião e agora o terreno é dela. Ao se utilizar desses sinismos,típico de quem tenta achar "pêlo em ovo",ela se esquece da tortuosidade da lei que favoreceu a concessão dos
bispos da universal,"passou a mão" no bispo dos 10 milhões,deu um jeitinho para eles angariarem a record news,na estação UHF,e da concessão adicional de canais de Tv ao bispo macedo (vide matéria ),tortuosidade que também beneficiou a globo por durante muitos anos,para a igreja de um deus que prega "todos são iguais! deus não faz acepção de pessoas..."
nivelar por baixo é a moda vigente,onde eu me beneficio da tortuosidade da lei e critico aqueles que também o fazem,tentando bancar o bom samaritano. É como o Kajuru diz " Nessa guerra não tem santo!" e tomar partido é falta de inteligência,pois ninguém toma partido da ilegalidade de um para denunciar a ilegalidade alheia. É como Jesus disse: "Não julgues para que não sejes julgado!".






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