Muitos de nós já ouvimos falar "indústria da cultura","a cultura é uma indústria",pois muito bem,Beyoncé é o mais triste exemplo. Essa mesma indústria que se queixa do pirateamento das suas produções é a mesma que reduz letras musicais e o significado das músicas. É uma cultura que se desintegra e se renova de tempos em tempos,cada vez pior,veja:
anos 20: Predomínio do machiche e do charleston,sendo último dança de cabaré surgida após a 1ª
grande guerra.
anos 30: Predomínio do jazz e do samba-canção. As contoras de rádio embalavam os ritmos musicais.
anos 40: A predominância do Blues e do bolero,sendo a última,uma dança,que,efetivamente,veio para ficar.
anos 50: Predomínio do Rock'n'roll e da Bossa Nova,o início da era dos "intelectuais" da música.
anos 60: Predomínio da Jovem Guarda,do "Rock Romântico" dos Beatles e da Tropicália,e o
início da liberação sexual.
anos 70: Predominância da Black Music,das danças de discoteca e dos ritmos hippies. A última era brilhante da música brasileira e mundial.
anos 80: O início da decadência. Predominam a música Trash,arrrgghhh!!!,Village People é
músicas do célebre recém iniciado na música Michael Jackson.
anos 90: Diversidade de músicas: samba,pagode,axé,ritmos sensuais de Tiazinha e feiticeira,
música black "geral",rock,pop,danças nordestinas,etc... As músicas começam a perder a identidade.
anos 2000: Predominância do funk,das remixagens,das músicas eletrônicas e das "divas" do pop. A música é (des)feita de forma a não fazer sentido.
Esse é o resumo das danças ao longo dos anos. Cada vez maia a boa música torna-se cada vez mais elitizada e isolada,e a cultura popular cada vez mais futilizada e feita de forma a não fazer sentido. A cultura paga,além de ser cara,e sujeita a pirateações,é oca,vazia,e não tem nada a acrescentar na vida das pessoas. Estão longe do brilho de ritmos consagrados,como a dança do ventre,o flamenco,o bangra,o bolero e as danças tradicionais celtas,danças que não tem direitos autorais,mas são gratituitas e seu conteúdo é livre e disponível a todos. Cito como exemplo a música Auld Lang Syne,que foi doada por um escritor escocês ao Scots Musical Museum e hoje
é uma música 100% gratuita e totalmente compartilhável. Muitos autores de música jamais se
disporiam a fazer isso,pois estariam preocupados demais com suas produções culturais mercenárias,
que,cada vez se preocupam com músicas que dispensam o uso de letra e abusam das remixagens.
Single Ladies é o exemplo disso,pouco conteúdo,repetição
frenética de palavras,danças roboto-
mizadas que transformam o ser humano num robô manipulável. Onde,em SP,as pessoas pagam ingressos
à partir de R$ 35 para assistir a um show sem conteúdo
com cantoras que empobrecem cada vez
mais seu vocabulário musical compensando com rebolation e ragamuffs,uma dança de robocop
para pessoas que são "automatizadas" pela mídia.
Num mundo onde cultura,valores,costumes,
tradições,valores,manifestações culturais de um povo,são
suprimidos,aniquilados e substituídos
por um sistema cultural mercenário cuja característica
principal é desnaturar a música e banir o
significado das letras,tudo isso para alienar o que eles chamam de fãs,a única coisa que ele faz é
reforçar minha teoria, "como os povos ocidentais atravessaram 'a grande fronteira'?
Resposta: Foram chutados para o outro lado".
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