quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Europa nua e crua: esqueça aquele blá blá blá da TV aberta

  Como é de se esperar,as emissoras de TV aberta costumam fazer reportagens ufanistas sobre os países mais desenvolvidos do mundo com o objetivo de paparicar governos e empresas desses países e obter patrocínio para seus empreendimentos. Na telinha da TV tudo é lindo,não há miséria,não há desemprego,todos são felizes,tudo funciona corretamente,etc... tudo falso. Como se nesses países não houvessem crises políticas,sociais,e uma recessão que arrastou a economia para o mais profundo abismo. Para quem não conhece a Europa fora das telonas,terá um pouco de conhecimento sobre ela nesse post





Portugal e Espanha: Bom,só para os políticos

 Muito se fala na Espanha e na Portugal de hoje como se esses países tivessem atingido a máxima excelência. Na verdade,desde que a Comunidade Européia emprestou-lhes dinheiro,estes governos encontram em enormes dificuldades para saldarem seus compromissos. O problema desses países é típico de todos os governos populistas latinoamericanos. Gastos fabulosos com dinheiro público,aumento violento na carga tributária,e uma violenta crise estrutural,provocada pelo investimento maçiço em educação sem a construção de uma infra-estrutura satisfatória para que pudesse absorver a mão-de-obra dos novos formandos. O resultado não poderia ser outro: desemprego em massa,redução dos salários,um gigantesco déficit nas contas no governo e empresas seriamente endividadas,e um país mergulhado numa crise da qual não sairá tão cedo. Em Portugal o plano de austeridade prevê o congelamento e redução dos salários no funcionalismo público,aumento de impostos,acórdãos para arrochos salariais na iniciativa privada,e é bem provável que estes países tornem a pedir empréstimos,e,se isso acontecer,é bem provável que a crise de liquidez no mercado internacional venha a inflacionar o mesmo jogando a economia internacional ainda mais para dentro do buraco. Na Espanha,seguiu-se o mesmo caminho,e agora está colhendo o que plantou.  Tanto a crise na Grécia,quanto a crise na Espanha e em Portugal,está gerando uma crise de confiança que poderá piorar ainda mais o quadro da crise econômica no mundo.




Itália: A terra do faz de conta


  Embora o governante mais escroto da Europa,Sílvio Berlusconi,reeleito por uma população igualmente medíocre,vive um quadro igualmente grave,mas que Berlusconi e sua equipe de governo tentam vergonhosamente disfarçar. Berlusconi é o tipo do governante que deixa a coisa ficar preta,e,quando não tem mais jeito,deitam a mão de corralitos e projetos de confisco da poupança,deixando toda a população numa situação difícil. Berlusconi não é bom de governar,nós sabemos quais são suas verdadeiras aptidões. A Itália,assim como berlusconi,é um protótipo de país que quer dar lição de direito num mundo em que nem a própria população pode contar com seus direitos,governada por um líder fanfarrão,hipócrita,e medíocre,cuja dignidade moral convence tanto quanto a de messalina. Pode-se chamar como deprimente a forma como o povo e o governo italiano vem a disfarçar a crise. O tombo virá mais cedo ou mais tarde,mas uma coisa é certa,a itália não tem nada a ensinar aoi mundo. Roma foi um gigantesco bordel e as leis que seu fabuloso código de leis constituiu até os dias de hoje só servem para proteger criminosos de colarinho branco,criminosos mancomunados com o poder político e poderosos que se utilizam dessas leis medíocres para escorregar feito manteiga de ações condenatórias.





Grécia: A tragédia grega


  De todos os países da Zona do Euro,a Grécia foi a primeira a cair nas garras dos credores. Com um déficit fiscal de 13% do PIB e uma dívida externa de 115% do PIB (no Brasil estamos por volta de 39%),não é de se admirar que o país tenha se afundado nessa verdadeira  tragédia grega. Precisa recorrer urgentemente a um pacote de socorro de 100 bilhões de euros,do qual só receberá caso tome medidas típicas de países na bancarrota. Congelamento e corte de salários no setor público e privado,aumento de impostos,corte de gastos na saúde e na educação e calote em milhões de aposentados,além do aumento da idade para aposentadoria. É devido a essa fabulosa façanha de se endividar que a Grécia é oficialmente o primeiro país falido da Zona do Euro,se é que essa ilha pode ser agora chamada de país,já que está inteira na mão dos credores. Pois é,a farra acabou,pelo visto a gloriosa era helênica só ficará nos tempos dos macedônios mesmo.






Irlanda: Que país é esse?
  Após 200 anos de lutas para se libertar da coroa britânica,esse protótipo de país logo surgiu como nação independente. Agora o boom econôco dos anos 90 chegou ao fim. Agora,parece que a coisa é séria,pois o governo inicia  cortes cada vez mais selvagens no orçamento,mas não consegue sair do buraco. Mesmo que o pa´s retome as antigas taxas de crescimento,a dívida será impagável. Para se ter uma idéia do tamanho da crise na Irlanda,um Banco Nacionalizado,o Anglo Irish Bank,pediu ajuda financeira de 25 bilhões de euros,cerca de 19% do PIB do país e 50% de sua receita fiscal,ao governo Irlandês. A única solução seria pedir a insolvência,algo impensável para o governo. Mas não há saída,é cortar gastos e tentar salvar a economia ou estrangulá-la e perder tudo,afinal de contas,sem uma economia não há escolas. Para A Irlanda a crise está só começando,para o mundo,é hora de procurar novos horizontes. THIS TIME FOR AFRICA!!!


  Seja como for,se você acha que a Europa é o mundo dos sonhos e que essa prosperidade vai durar para sempre,é melhor procurar um abrigo público para se proteger do frio,já que casa,comida,alojamento,agora são só promessas.


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